domingo, 31 de janeiro de 2010

Passeando num tabuleiro de xadrez

Por aqui, o pessoal conta que, quando os ingleses deixaram seu potentado na região e devolveram sua parte do Oriente Médio, organizaram a terra como um imenso tabuleiro de xadrez e deram os quadrados brancos para os judeus e os pretos para os árabes. Foi aí que toda a "diversão" começou.

Nos últimos dias, visitamos Rosh Haniqrá, na costa do Mediterrâneo. É um costão de pedra branca ladeando aquele mar... Vazando as montanhas, túneis que um dia serviram para a travessia de soldados. À nossa direita, um portão nos separava do - pasme - Líbano. Pelo mar afora, bóias isolavam os dois países. Bastava não fotografar o portão que estava tudo bem.


Depois, estivemos no monte Hermon, nas colinas de Golan (!!). É uma estação de esqui. Minha primeira. A gente não esquiou, mas desceu em velocidade uma encosta de montanha em carrinhos individuais e subiu de teleférico até o topo. Lembrei de meu primo, que tem medo até das cadeirinhas de Campos do Jordão. (não, não vou revelar o nome dele, mas ele sabe quem é). Lá em cima, doíam os dentes. De verdade, não é só "leite quente que dói o dente da frente da gente".


Nas palavras da Juliana, "da crista do monte para lá, é a Síria". Estamos bem de vizinhos!

Mas especialmente na montanha, bastava olhar para as pessoas e identificar judeus, árabes, drusos, muçulmanos... Todos israelenses, de nascimento ou por escolha. Esquiavam, faziam guerra de bolas de neve, andavam de trenó e construíam bonecos de neve. Tudo igual.

O que a Juliana nos disse é que todos são israelenses e têm seus direitos preservados. Vão à escola (juntos ou separados), professam sua religião e mantêm seus costumes.

Donde se conclui que eu continuo entendendo pouco sobre o que acontece aqui. Mas vamos tentando.

Ou, como diz Idam, o israelense mais brasileiro que eu já conheci "força na peruca"!

2 comentários:

  1. Belo passeio, hein? Em 1990 tive uma pequena pousada no sul da Bahia. Era tempo da guerra do golfo. Recebi ali vários oficias esraelenses. Eles eram todos muito jovens. Lutavam 6 meses , e quem sobrevivia, viajava 6 meses. Era quase impossível acreditar que eram soldados e que estavam em guerra, se não fosse as fotos que els traziam para nos mostrar: os aviões, os mísseis, os armamentos pesados que usavam...eles me pareciam muito americanizados...te parece tb?

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  2. De fato, os que eu vi perto das fronteiras são muito jovens. O jeito é de soldados jovens, independente da origem. Pode ser. Amanhã cedinho seguimos para Jerusalém e para o sul do país até a Jordânia e o Egito. Trago notícias na volta, daqui a uma semana.

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