terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Lado A, lado B, lado B, lado A (parte 1)

Juliana nos esperava no aeroporto. De lá, seguimos por 150 quilômetros de uma estrada ótima até Haifa. Desde o jardim do aeroporto até o jardim do prédio dela, Israel ia confirmando aquele lance de fazer do limão uma limonada. Laranjeiras, oliveiras, tamareiras, trigo, pés de romã e damasco. Árvores pendendo, carregadas de fruta. Não se viu um lugarzinho sem verde até onde a vista alcançava. Com o olhar mais atento, dava para ver o calcário a 10 cm da superfície, nos barrancos recortados. E aí, o requinte do lance todo. Era deserto e eles resolveram fazer um IMENSO sistema de irrigação por gotejamento desde a Galiléia (onde quer que seja isso). Coisa de doido! E muita grana.

A gente quase esquecia a rota do avião, quando desviou da África... Tudo corria tão sereno! Mas à nossa direita, ainda saindo de Tel Aviv, dava para ver uma cidade de prédios baixinhos com arquitetura austera e cores claras. Cidade árabe a 500 metros da estrada. Dentro do território israelense. (justo agora que eu achei que estava começando a entender como isso tudo funciona. Mas quando eu entender, juro que compartilho) Mais adiante, um longo muro nos separava da Cisjordânia. Um pouco mais e... cadê o muro?! Acho que ele é um muro de direito, mais do que de fato. Ele não separa, mas faz lembrar que as coisas são separadas.

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